MULHERES: SEXO FRÁGIL ? Cláudio Eustáquio Duarte

Cel. da Reserva do Exército Brasileiro.
Graduado em Direito e em Educação Física          
claudio_duarte@hotmail.com

Os homens governam o mundo, e as mulheres governam os homens. 
(Anatole France)
     A autora do livro Mulheres Audaciosas da Antiguidade, Vicki León, cita mulheres guerreiras, rainhas, políticas, mártires e santas dos tempos antigos. Eis algumas delas.


Perpétua. Romana obstinada e cristã convicta, foi  atirada aos animais porque pregava o Cristianismo. Antes da execução da sentença, seu pai, desesperado, implorou-lhe que ela se retratasse. Perpétua perguntou-lhe: “Está vendo aquele vaso no chão? Você pode chamá-lo de outro nome que não seja o que ele é?”. O pai respondeu que não, e ela disse: “É o mesmo comigo, pois não pode chamar-me de outra coisa que não seja cristã”. Logo depois, foi atirada às feras na arena.

Locusta. Assassina profissional que envenenava as vítimas, era muito requisitada há 2.000 anos. Uma de suas clientes foi Agripina, mãe de Nero, que ordenou a morte de Cláudio, tio de Nero, para que o filho dela pudesse ser imperador. O próprio Nero utilizou os serviços de Locusta para aniquilar rivais.

Fabíola. Em 400 d. C., a romana Fabíola dedicou sua vida aos humildes e sofredores. Bem nascida, doou sua fortuna para obras de caridade e fundou o primeiro hospital público gratuito de que se tem registro. Em reconhecimento por suas boas ações, a Igreja Católica canonizou-a.

Frineia. A belíssima Frineia acumulou vasta fortuna como prostituta, a ponto de oferecer-se para reconstruir as muralhas de Tebas. Os tebanos não aceitaram porque ela queria gravar nas paredes “Destruídas por Alexandre, o Grande, e reconstruídas por Frineia, a hetera (sinônimo de prostituta)”. Investiu dinheiro em estátuas que a representavam e, ironicamente, uma dessas obras encontra-se no Vaticano. Acusada de profanar os ritos de iniciação ao culto  das  deusas agrícolas, foi defendida pelo advogado Hipérides. Quando Hipérides percebeu que o veredicto seria desfavorável, rasgou as vestes de Frineia, exibindo seu  belo  corpo. Frineia foi absolvida, não apenas pela beleza do corpo nu, mas porque, na Grécia Antiga, o belo era identificado com o bom ou sinal divino. Outra versão diz que ela mesma tirou suas vestes.

Leaina. Leaina e seu amante Aristogíton tentaram depor o rei Hippias em 514 a.C. Na fuga, Leaina foi presa e torturada cruelmente para que  passasse  informações sobre a conspiração. Quando sentiu que não mais suportaria a dor do ferro em brasa no corpo e que poderia passar informações  ao rei,  Leaina  cortou a própria língua com uma dentada. Os atenienses construíram a estátua de uma leoa sem língua para homenagear  Leaina.

   O livro, escrito com base em relatórios arqueológicos, cita mulheres que se destacaram em 3.000 anos de história.

Mulheres... Sexo frágil? Não mesmo!






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